Ficcionalização e autoficcionalização Em alguma parte alguma: do processo maquínico de construção e desconstrução de si na poesia de Ferreira Gullar
Nome: FELIPE DE ALMEIDA TAVARES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/01/2014
Orientador:
Nome | Papel |
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SÉRGIO DA FONSECA AMARAL | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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JÚLIA MARIA COSTA DE ALMEIDA | Examinador Interno |
ROBERTO CORRÊA DOS SANTOS | Examinador Externo |
SÉRGIO DA FONSECA AMARAL | Orientador |
Resumo: O objetivo do trabalho é desenvolver o conceito de autoficcionalização do sujeito na poesia de Ferreira Gullar. Uma vez que tal conceito não fora encontrado em nenhum texto da bibliografia estudada nos apoiaremos nos princípios de Gilles Deleuze acerca dos corpóreos e incorpóreos e seu devir puro. Partindo da ideia de que a palavra autoficcionalização é um deverbal, ou seja, um substantivo que surge a partir de um verbo ficcionalizar torna-se possível entender que, enquanto fenômeno verbal proveniente do ato de escrever, o sujeito criado através da autoficcionalização será mero efeito de superfície, ou seja, um efeito possibilitado pela linguagem, mais especificamente, pela ação verbal presente no ato de escrever. Dessa forma, bastaria ao autor escrever, utilizando-se da primeira pessoa, para que, consciente ou não, produzisse esse efeito de superfície que chamaremos autoficcionalização do sujeito, que difere de autoficção, pois, ao contrário dela, não pressupõe uma relação de causa e efeito e acontece independente da vontade do autor.