Distantes dos deuses erramos pela Rayuela: verdade, mímesis e literatura
Nome: LEONARDO MENDES NEVES FELIX
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/03/2013
Orientador:
Nome | Papel |
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SÉRGIO DA FONSECA AMARAL | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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EDUARDO DE FARIA COUTINHO | Examinador Externo |
JORGE LUIZ DO NASCIMENTO | Examinador Interno |
SÉRGIO DA FONSECA AMARAL | Orientador |
Resumo: Ao reclamar para si o estatuto de verdade, o romance Rayuela, de Julio Cortázar, possibilitou o levantamento de uma cadeia de conceitos e acontecimentos que envolveram as manifestações poéticas, miméticas e literárias. O personagem e escritor Morelli, sobre o qual nos debruçaremos com maior cautela, desenvolve uma compreensão de literatura que desvela o papel exercido pela linguagem no cotidiano humano quando lhe concede o papel de destruidora dos lugares comuns que falseiam a vida e a realidade, tornando-nos mais tristes e desacreditados. Para tanto, a literatura deve extrapolar suas próprias fronteiras, estabelecidas sobretudo por discursos outros que, não por acaso, mantêm seus fundamentos velados. Sendo assim, como demonstraremos a partir do pensamento de Luiz Costa Lima, de Marcel Detienne e de Martin Heidegger, os discursos da história, da filosofia, da religião e da ciência buscaram silenciar as vozes mais originárias da arte, tornando estéreis suas investidas em direção ao homem.