O obsceno que faz cena: a tragédia revelada em Hilda Hilst
Nome: LUCIANA PENA VILA LIMA DE MENEZES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/10/2009
Banca:
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Papel |
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LUÍS EUSTÁQUIO SOARES | Orientador |
MARIA FERNANDA ALVITO PEREIRA DE SOUZA OLIVEIRA | Examinador Interno |
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO | Suplente Interno |
Resumo: A literatura de Hilda Hilst tem sido exaustivamente estudada pela crítica literária em seu traço obsceno. A proposta do trabalho é fazer avançar a pesquisa que versa sobre esse tema, devidamente apoiados nesses estudos, bem como na análise de três obras especificas de Hilst, a saber: A obscena senhora D. (2001), Com os meus olhos de cão (2003) e O caderno rosa de Lóri Lamby (2005), obras consideradas como constitutivas da virada obscena de sua literatura.
A partir da leitura da obra dessa escritora contemporânea e de seus
protagonistas, utilizamo-nos da máxima freudiana o artista precede o
psicanalista, para justificar o delineamento de alguns traços do homem de nosso tempo, bem como de sua possível tragédia. Para tal, servimo-nos de associações surgidas ao longo da leitura do texto
literário com conceitos da psicanálise freudo-lacaniana, principalmente, no que tange a formulação lacaniana de real. Impôs-se ao estudo a aproximação com os trabalhos do sociólogo francês Jean Baudrillard, em suas contribuições acerca do obsceno, fundamentais à pesquisa.
A tensão cena-obscena é trabalhada como ponto trágico constitutivo do texto da escritora, nas mais variadas roupagens que assume o obsceno ao longo das três obras, quando traremos à tona a discussão sobre a tragédia moderna.