A morte na literatura infantil e juvenil brasileira contemporânea: uma análise de contos baseados na cultura popular
Nome: REBECCA DE ARAUJO RIBEIRO
Data de publicação: 03/05/2024
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| FABIOLA SIMAO PADILHA TREFZGER | Examinador Interno |
| MARIA AMELIA DALVI SALGUEIRO | Presidente |
| MARIANA PASSOS RAMALHETE | Examinador Externo |
Resumo: A dissertação analisa os contos “O homem que enxergava a morte”, “O último dia
na vida do ferreiro” e “O moço que não queria morrer”, da obra Contos de enganar
a morte, de Ricardo Azevedo (2003), e “A Morte e o fujão”, “A Morte e a velha” e
“A Morte e o estalajadeiro”, da coletânea Contos de Morte Morrida, de Ernani Ssó
(2007). Investiga como a morte tem sido concebida em obras da literatura infantil e
juvenil brasileira contemporânea baseadas em contos da cultura popular. Os
estudos de Adichie (2021), Ariès (1989, 1990, 2012), Becker (1991 [1973]), Elias
(2001), Franco (2021) Freud (2021 [1915], 2011 [1917]), Han (2020, 2021) e
Schopenhauer (2020) acerca da temática da morte constituíram um pano de fundo
para compreender como a morte foi sendo elaborada pelos seres humanos, no
trânsito entre o popular e o erudito, até chegar ao momento contemporâneo e à
sua elaboração literária no âmbito das obras em estudo. A fim de também tecer
considerações acerca do fazer literário de Ricardo Azevedo e Ernani Ssó, foram
utilizados os estudos de Alcoforado (2008), Cascudo (2012; 2013), Cortázar
(2006), Gotlib (1998) e Traça (1998) sobre o conto; e de Lajolo e Zilberman (2007)
e Colomer (2017) sobre a literatura infantil e juvenil. Os trabalhos de Bergson
(1983) e Eagleton (2020) basearam a dimensão da análise concernente ao humor,
recorrente tanto na cultura popular quanto na literatura infantil e juvenil. Conclui
que os contos estudados não negam a morte e nem os sentimentos negativos que
ela pode produzir, mas a simbolizam como uma personagem humanizada e
cômica.
