“AQUELE SERÁ UM MAR AFRICANO”: RELIGIÃO E CULTURA ANGOLANA NA OBRA A RAINHA GINGA, DE JOSÉ EDUARDO AGUALUSA

Nome: SORIBA DIAKHABY

Data de publicação: 12/04/2023

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JOAO CLAUDIO ARENDT Orientador

Resumo: Esta dissertação pauta-se na literatura de ficção angolana, trabalhando com a narrativa A Rainha Ginga (2014), de José Eduardo Agualusa, como objeto de pesquisa. Partindo da leitura crítica da narrativa, o objetivo geral é investigar a problemática do
catolicismo português e da cultura angolana no período colonial em Angola. Os objetivos específicos consistem em: analisar o contato entre o catolicismo português e a cultura religiosa (espiritual) tradicional nos reinos antigos(Congo, Matamba e Ndongo) da África central representados em A Rainha Ginga; analisar o percurso histórico da Rainha Ginga, protagonista feminina e líder não só do povo ambundo, mas de várias etnias e povos pelo viés da historiografia, da literatura e do romance de Agualusa; evidenciar a importância da literatura de ficção angolana no processo de construção da identidade cultural e tradicional com base em valores ancestrais. Para atingir ao objetivo geral proposto, o presente trabalho foi dividido em três capítulos, os quais dizem respeito aos objetivos específicos já listados. Inicialmente, no primeiro capítulo, apresenta-se o referencial teórico com uma revisão bibliográfica sobre as diferentes definições ou/e significados dos conceitos de religião e de cultura, tendo como base, respectivamente, os olhares da sociologia e da antropologia clássica. O segundo capítulo focaliza na apresentação e na análise da história da pessoa/personagem Rainha Ginga Mbandi. Por fim, no terceiro capítulo, analisa a problemática da religião e da cultura angolana no romance A Rainha Ginga, em que Agualusa ficcionaliza a vivência dos dois povos de religião e cultura diferentes, a saber, europeus e angolanos. A fundamentação teórica apoia-se nos estudos dos autores José Pereira Coutinho (2012), Gilberto Velho e Eduardo Viveiros de Castro (1978), João Antonio Montecúcculo de Cavazzi (1965), Inocência Mata (2012, 2014), Flavia Maria de Carvalho (2011), Wagner Roy (2010), Alberto Oliveira Pinto; Maurício Wadman (2018); Dennys Cuche (1999), Clifford Geertz (2008), Homi K. Bhabha (1998), Jame Hoke Sweet (2007), Jéssica Perreira Gonçalves (2019); José Rivair Macedo (2013); Roland Walter (2010), Mariana Brack de Fonseca (2012; 2018); Ana Claudia Santos Camerano (2018), Edgleice Santos da Silva (2018) etc.

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