Platôs diaspóricos de Franz Kafka e dos Racionais MCs
Palavras-chaves: Platôs. Realismo estético. Oprimidos. Quadros coletivos. Alienação ideológica
Nome: WAGNER SILVA GOMES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/11/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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LUÍS EUSTÁQUIO SOARES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANELITO PEREIRA DE OLIVEIRA | Examinador Externo |
DIANA CARLA DE SOUZA BARBOSA | Suplente Externo |
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES | Orientador |
MICHELE FREIRE SCHIFFLER | Suplente Interno |
SÉRGIO DA FONSECA AMARAL | Examinador Interno |
Resumo: Objetivo responder dialeticamente a hipótese de que há um plano de consistência kafkiano cuja aplicação permite evidenciar quadros coletivos, subjetivos e objetivos, de alienação, opressão, perseguição, invisibilidade social, exílio periférico, que os Racionais MCs utilizarão, articulando,
como categorizado por Rodrigo Duarte, construtos estético-sociais em seus raps, formando assim platôs de resistência para a negritude dos sujeitos periféricos brasileiros. Para isso, os platôs diaspóricos, que se elevam dando visibilidade às construções do trabalho do homem em diálogo com
forças da natureza, estarão em oposição materialista-histórico-dialética às tretas, estratagemas enganosos, aparências fenomênicas da alienação da mercadoria nas vidas dos trabalhadores (as). Na análise comparativa de Franz Kafka com o grupo de rap levo em conta a evolução do processo histórico-político-cultural que permitiu, por exemplo, o surgimento da segunda Declaração dos Direitos Humanos Universais (1948), que é pós Segunda Guerra Mundial (1939-1945), e o surgimento da cultura hip-hop (década de 70) posterior à formação do grupo revolucionário estadunidense de luta
pelos direitos civis inspirados na concepção de sociedade comunista, Panteras Negras (década de 60). Esses influíram com entendimentos específicos às formações das consciências coletivas e individuais
da sociedade como um todo e principalmente da diáspora negra. Para tal, os referenciais teóricos de base serão Gilles Deleuze e Félix Guattari, ao destacar os platôs, Domenico Losurdo, quando tratar do liberalismo como negação do desenvolvimento histórico da humanidade, Milton Santos, ao discutir os
impactos da propriedade privada na vida da coletividade contemporânea, Karl Marx e Friedrich Engels, ao lidar com a visibilidade do trabalho enquanto totalidade das práticas de emancipação humana. Ludovico Silva será referenciado para desenvolver a análise da relação entre materialismo
histórico e platôs, tendo a questão da prática como eixo. Utilizarei Theodor Adorno e Max Horkheimer quando tratar das racionalidades esclarecedoras frente às ideologias burguesas que são tomadas como verdades, como parâmetros sociais.
Palavras-chave: Platôs. Realismo estético. Oprimidos. Quadros coletivos. Alienação ideológica. Capitalismo