DIÁLOGOS ENTRE CLIO E CALÍOPE: POR UM RESSURGIMENTO DA BIOGRAFIA, DO FLUXO DE CONSCIÊNCIA E DA IMAGINAÇÃO MORAL EM O SOM E A FÚRIA, DE WILLIAM FAULKNER
Nome: ÉRIKA RANGEL CURRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/01/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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RAIMUNDO NONATO BARBOSA DE CARVALHO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CARLOS VINÍCIUS COSTA DE MENDONÇA | Suplente Externo |
JOSÉ DE SOUSA MIGUEL LOPES | Examinador Externo |
MARIA MIRTIS CASER | Examinador Interno |
RAIMUNDO NONATO BARBOSA DE CARVALHO | Orientador |
SÉRGIO DA FONSECA AMARAL | Suplente Interno |
Resumo: A proposta desta dissertação é fazer uma discussão do diálogo entre História e
Literatura, tendo como pano de fundo a obra O som e a fúria, de William Faulkner.
Para encaminhar esse objetivo geral, nos propusemos a refletir e discutir o
ressurgimento da biografia e do autor, apoiados principalmente em Sabina Loriga, Mikhail Bakhtin e Antonio Candido. Essa discussão suscitou a ampliação de análise e interpretação de conceitos como narrativa histórica e literária e sua sintonia, como sugere Hayden White. Pretendemos também registrar um debate sobre decadência e ressentimento no período rememorado e vivido por Faulkner e, em seguida, apresentar um exercício exegético baseado na concepção interpretativa de Umberto Eco e Jonathan Culler sobre as críticas e as visões em torno da obra. Nessa linha, abordaremos os conceitos de fluxo de consciência, a partir da percepção de Humphrey, e Imaginação moral, segundo Russell Kirk, como chave para apreender e responder o nosso problema: como se explica que uma obra literária tão árida e perturbadora do ponto de vista psicológico suscite múltiplas interpretações e o consenso como referência de literatura universal? Essa indagação nos impõe a compreensão de uma problemática que se desenvolve no interior de uma reflexão sobre conceitos caros tanto à História quanto à Literatura, tais como: biografia coral, ressentimento, decadência, interpretação e solilóquios.