Estado de natureza em Vidas secas, de Graciliano Ramos:
o realismo humanista do cotidiano brasileiro
Nome: CAIO GOBBI GERLIN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/11/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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LUÍS EUSTÁQUIO SOARES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ALDA MARIA JESUS CORREIA | Suplente Externo |
ELIZABETE GERLÂNIA CARON SANDRINI | Examinador Externo |
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES | Orientador |
RAIMUNDO NONATO BARBOSA DE CARVALHO | Suplente Interno |
SÉRGIO DA FONSECA AMARAL | Examinador Interno |
Resumo: O presente trabalho analisa a relação entre arte e sociedade. É no cotidiano que a
arte tem a sua inspiração e se faz presente. Sob essa perspectiva, analisaram-se a
obra Vidas secas e as circunstâncias históricas brasileiras que essa impactante
narrativa do Velho Graça representa no campo da autonomia literária. A interlocução
teórica, além da fortuna crítica sobre a produção ficcional de Graciliano Ramos, será
realizada sobretudo a partir de Thomas Hobbes e Georg Lukács. Com o primeiro, o
diálogo será acionado por meio da categoria de estado de natureza, desenvolvida
na obra Leviatã (1651). Não é intenção deste pesquisador, destaque-se, acatar os
argumentos de Hobbes; pelo contrário, o objetivo é a apropriação de suas análises,
tendo em vista o seguinte desafio: evidenciar como as condições históricas do Brasil
país colonizado que até o presente momento tem sido sangrado por potências
estrangeiras condenam boa parte de sua população às condições trágicas de um
histórico estado de natureza. Dessa forma, defende-se, nesta pesquisa, o estado da
história humana na interação com a natureza. Com o segundo, a interação dialógica
será realizada a partir das categorias do realismo estético, desenvolvidas pelo
pensador húngaro durante boa parte de sua vida. Com isso, parte-se do pressuposto
de que o obra literária de referência deste estudo constitui um singular exemplo do
realismo estético brasileiro.
Palavras-chaves: Arte. Sociedade. Cotidiano. Literatura.