O cheiro sulfúrico do milênio em O mundo à solta de Felipe Fortuna.
Nome: LUZIMARA DE SOUZA CORDEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2018
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
FLÁVIO MARTINS CARNEIRO | Suplente Externo |
LINO MACHADO | Orientador |
MARIA AMÉLIA DALVI SALGUEIRO | Suplente Interno |
SANDRA MARA MORAES LIMA | Examinador Externo |
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO | Examinador Interno |
Resumo: Tendo como corpus de investigação o livro de poemas O mundo à solta, de Felipe Fortuna, o
propósito do presente trabalho é empreender uma reflexão que procure mostrar como, por
meio da função referencial da linguagem, o escritor carioca problematiza os mais diversos
temas sociais que se desintegram antes mesmo de se solidificarem, revelando o odor acre do
mundo, ou seja, o cheiro sulfúrico do milênio que exala da sua poética. Sendo assim,
também analisaremos a sua lírica à luz dos ensinamentos de Michel Foucault sobre o
panóptico tipo de penitenciária idealizada pelo filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham e
as relações de poder; de Zigmunt Bauman sobre o sinóptico mecanismo de poder pensado
por Thomas Mathiesen e liquidez; de Karl Marx e Friedrich Engels, Max Weber e de Giorg
Simmel sobre a reprodução das relações de dominação e sobre o capitalismo moderno, dentre
outros. Tentaremos evidenciar como o poeta reflete sobre as complexas relações, as incertezas
e as transformações pelas quais passa boa parte da humanidade, nas últimas décadas.