(Não) leituras de obras literárias em contexto escolar: um estudo de caso a partir de versão integral e adaptações de "O Cortiço", de Aluísio Azevedo

Nome: RAVENA BRAZIL VINTER CRUZ
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/03/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA AMÉLIA DALVI SALGUEIRO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ARLENE BATISTA DA SILVA Examinador Interno
DANGLEI DE CASTRO PEREIRA Examinador Externo
MARIA AMÉLIA DALVI SALGUEIRO Orientador

Resumo: O presente trabalho se insere nas discussões do grupo de pesquisa “Literatura e Educação” e investigou, no contexto de uma escola pública de Ensino Fundamental e Médio do município de Guarapari (ES), como são as relações entre livros e leitores - por meio das contribuições teóricas e metodológicas da Nova História Cultural - a partir de três diferentes versões da obra O cortiço do autor Aluísio Azevedo: versão adaptada por Fabio Pinto da coleção “É só o começo” (2009); adaptação com roteiro de Ivan Jaf e arte de Rodrigo Rosa em história em quadrinhos (2010) distribuída pelo PNBE; e c) versão com texto integral (2014 [1890]); todas encontradas na biblioteca da escola campo. A pesquisa foi desenvolvida em dois momentos, sendo o primeiro de cunho bibliográfico-documental, que buscou perceber como se dão as relações entre livro, leitor e leitura e pensar o modo como algumas adaptações literárias são inseridas no mercado, inclusive as que integram programas de distribuição de livros como o PNBE. O segundo momento foi um estudo de caso com questionário e grupo focal, constituído por alunos de segundo e terceiro ano do Ensino Médio da escola campo, que, no âmbito do processo de educação literária, tentou responder às seguintes questões: a) como se dá a apropriação do texto integral e das diversas adaptações de uma obra pelos estudantes?; b) os textos adaptados despertam no leitor o desejo de conhecer o texto integral?; c) como os alunos agem para (não) realizar as leituras propostas pelo currículo escolar?: A pesquisa justifica-se em face: a) do interesse, nos campos da História e da Literatura, pelas práticas de leitores literários empíricos e pelos usos que são feitos de materiais impressos, em contextos institucionais, em tensão com orientações oficiais; b) da necessidade de se pensar as questões econômico-ideológicas que circundam a leitura em tensionamento com o mercado editorial; c) do nosso diagnóstico – tomado aqui como pressuposto – de que muitos alunos não leem obras literárias sugeridas pelo currículo escolar; d) da necessidade de se pensar as não leituras literárias para além da culpabilização discente. Com a investigação, conhecemos as formas de aquisição dos livros, algumas preferências, os principais mediadores de leitura, traçando assim um perfil de leitor de leitura literária da escola campo. Chegamos também à conclusão de que algumas adaptações podem ser instrumentos de mediação de leitura em sala de aula. Os autores que nortearam nosso estudo foram: Regina Zilberman (1999, 2013), Márcia Abreu (2001), Edmir Perrotti (1999) e João Wanderlei Geraldi (2010) (livro e leitura no contexto brasileiro); Annie Rouxel (2013), Maria Amélia Dalvi (2012, 2013, 2013a) e Neide Rezende (2013) (educação literária); Roger Chartier (1999, 2002, 2002a, 2010, 2013, 2013a) (práticas e representações, apropriação).

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