Dom Casmurro à luz da onomástica: tramas e tramoias do Romance Machadiano
Nome: BÁRBARA DA SILVA SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 08/01/2016
Orientador:
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Papel |
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WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO | Orientador |
Banca:
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Papel |
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KARINA BERSAN ROCHA | Examinador Externo |
LINO MACHADO | Examinador Interno |
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO | Orientador |
Resumo: A presente dissertação de mestrado tem por objetivo realizar uma análise onomástica dos antropônimos e topônimos empregados no romance Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis, considerando a relevância do nome próprio para a construção dos personagens, da semântica e da ambientação da obra. Nossa interpretação parte do diálogo Crátilo, de Platão, do qual destacamos a figura do legislador ou artífice , homem sábio que, munido de um conhecimento específico, estaria habilitado a nomear baseado nas características daquilo que nomeia. Nesse sentido, considerando o autor de
obras literárias o artífice que nomeia seus personagens e escolhe, também, influenciado pelo nome, o espaço onde se desenvolverá a ação narrativa, buscamos realizar uma interpretação dos onomásticos do romance, através da etimologia e das conotações que cada nome possibilita, tentando, assim, uma aproximação dos sentidos que Machado quisera atribuir-lhes. Para tanto, contamos com a crítica literária que se debruçou sobre tal aspecto da obra, tendo como maior contribuição Helen Caldwell, que dedicou um capítulo de O Otelo brasileiro de Machado de Assis unicamente à análise onomástica de
Dom Casmurro. A autora, através da mesma obra, abriu caminho para a crítica machadiana que mesclamos ao nosso trabalho formada por autores como John Gledson, Roberto Schwarz e Silviano Santiago, que veem na narrativa memorialística de Bento Santiago a intenção de fazer do leitor seu aliado na acusação de adultério contra Capitu e apoiados na escrita desse autor ficcional, bem como em sua formação política e social.