MALHA Fina Cartonera: a Resistência em Livros de Papelão
Nome: SHÍNTIA GOTTARDI DE ALMEIDA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/07/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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LUÍS EUSTÁQUIO SOARES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ALDA MARIA JESUS CORREIA | Suplente Externo |
FLÁVIA BRAGA KRAUSS DE VILHENA | Examinador Externo |
JORGE LUIZ DO NASCIMENTO | Examinador Interno |
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES | Orientador |
SÉRGIO DA FONSECA AMARAL | Suplente Interno |
Resumo: Este trabalho apresenta a história da editora Malha Fina Cartonera, criada por meio de um projeto de extensão da Universidade de São Paulo (USP), além também de abordar o surgimento do movimento editorial cartonero, que se baseia na produção de livros com capas de papelão. O papelão, que provavelmente seria jogado no lixo, transforma-se em capas coloridas, ganha relevância e importância na confecção de livros impressos a um custo menor. A partir de uma pesquisa de campo na editora, localizada dentro da USP, entrevistas e investigações bibliográficas, o estudo mostra
como as cartoneras são um exemplo de resistência para que a circulação de
literatura não dependa apenas de grandes editoras. Em um mercado editorial cada vez mais competitivo e desafiante aos escritores, encontrar maneiras mais
acessíveis de publicação de textos incentiva novos escritores e aproxima a
comunidade dos livros. Alguns poemas de livros publicados pela Malha Fina serão apreciados neste trabalho. No que tange à teoria, e como o cartonerismo surgiu e em sua maioria está concentrado na América Latina, é utilizado o conceito de Ethos Barroco, de Bolivar Echeverria, (1998) para afirmar essa resistência frente ao sistema capitalista e editorial, a partir também dos apontamentos de Jacques Rancière (2005) sobre a racionalidade no Regime Estético.