Transbordamento: Ficções Diárias de Evando Nascimento

Nome: WALLYSSON FRANCIS SOARES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/07/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRÉIA PENHA DELMASCHIO Examinador Externo
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER Orientador
PAULO ROBERTO SODRÉ Examinador Interno
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO Suplente Interno
WOLMYR AIMBERÊ ALCANTARA FILHO Suplente Externo

Resumo: RESUMO
A escrita de Evando Nascimento é atravessada por uma multidiversidade. A obra do autor baiano é composta por três livros de ficção – retrato desnatural: diários 2004-2007 (2008), Cantos do mundo (2011) e Cantos profanos (2014). As narrativas misturam e dissolvem as unidades de gênero no campo discursivo e duplamente subvertem as noções de gênero no nível das espécies (homem x bicho) e dos sexos (homem x mulher), engendrando diferenças. A partir da desmedida do diário, denominado “gênero dos gêneros” pelo autor, convida-se o leitor a interatuar na textualidade. Esta pesquisa propõe perscrutar a literatura de Evando Nascimento por meio do pensamento da desconstrução, filosofia de Jacques Derrida. O ficcionista brasileiro foi aluno do pensador franco-argelino e se considera um leitor atento da escritura derridiana. Atuando com as desconstruções, Evando Nascimento costura em sua obra as ideias de arquiescrita, différance, dobra, indecidível, rasura, suplemento, entre outras, produzindo uma literatura origami que assume diferentes formas e borra os limites do papel, fazendo transbordar uma pluralidade de coisas-seres. Influi na escrita evandiana várias vozes, notavelmente a de Clarice Lispector. Diante da confluência de rastros e respirações, (de)compõe-se uma literatura híbrida, bestiário que abriga em seu tecido humanos, bichos, plantas e coisas, entrecruzados em narrativas sob os dispositivos da autoficção e da alterficção. O eu que assina e data os diários transveste-se em outros/outras – traduz, no ato de sua performance, a potência ética e política da literatura, estranha instituição assombrada pelas ideias de liberdade e democracia.
Palavras-chave: Ficção brasileira contemporânea – Evando Nascimento. Différance – Jacques Derrida. Desconstrução na literatura. Autoficção e alterficção. Gêneros.

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