"Pode a Subalterna Falar?": uma Leitura Crítica da Crítica de Gayatri Spivak

Nome: ISABELLA CRISTINA MILAGRES BALTAZAR
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 27/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES Co-orientador
PAULA REGINA SIEGA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIANA CURTO FEITOSA Examinador Externo
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER Examinador Interno
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES Coorientador
MARCELO CHIARETTO Suplente Externo
PAULA REGINA SIEGA Orientador

Páginas

Resumo: Propomos uma leitura crítica de algumas proposições teóricas da crítica literária Gayatri Chacravorty Spivak, ícone dos Estudos Subalternos Indianos ainda insuficientemente traduzida para a língua portuguesa, que problematiza o(a) “intelectual” que fala “no lugar” da voz silenciada, ao mesmo tempo em que tematiza a “tradução” da mensagem subalterna em suas (im)possibilidades de agenciamento. No livro que inspira o título da tese aqui
proposta, Spivak debruça-se sobre o conceito de subalternidade para explorar modelos de representação. Inspirados por algumas de suas indagações nos campos dos estudos do subalterno, da crítica literária e do feminismo pós-colonial, propomos a problematização de suas articulações teóricas marcadas pelo aspecto transdisciplinar de sua produção, a fim de elocubrar a razão de sua influência acadêmica mundial. O eixo problematizante desta
tese parte de uma interlocução teórica entre Jacques Rancière (2009) e Jacques Derrida (1973), com o objetivo de, com o primeiro, propor uma crítica da crítica, compreendida como potência da democracia, regime sem origem e sem destino; e, com o segundo, observar como a autora atualiza a crítica da metafísica ocidental ao incorporar nela o sistema de dominação norte-americano, para, finalmente realizar uma crítica da teoria de
Spivak: a constatação da existência de um agenciamento teórico-metafísico do sistema colonial estadunidense – razão pela qual os filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari também foram, aqui, incorporados, sobretudo tendo em vista do conceito de agenciamento elaborado por ambos no livro Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia (1980). Tomando como alicerce autores constantemente questionados por Spivak, a tese também intenta, por fim, observar como os argumentos esgrimidos pela teórica indiana carecem de rigor
epistemológico seja porque se concentram na crítica ao sistema colonial europeu, desconsiderando totalmente as tecnologias subjetivas de dominação ianque; ou porque parte dessas tecnologias sem considerar que boa parte do chamado Terceiro Mundo, mesmo tendo conseguido descolonizar-se da dominação eurocêntrica, parece estar, a nosso ver, basicamente emparedado e impedido pelo sistema metafísico estadunidense.

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