LÍRICA E ESQUISOFRENIA: ALUCINAÇÃO VERBAL, AUTISMO E MAQUINAÇÃO EM MURILO MENDES

Nome: JIEGO BALDUINO FERNANDES RIBEIRO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 14/12/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELADIO CONSTANTINO PABLO CRAIA Examinador Externo
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER Suplente Interno
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES Orientador
MARCELO CHIARETTO Suplente Externo
ORLANDO LOPES ALBERTINO Examinador Interno

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Resumo: RESUMO:
Este trabalho tem por objetivo analisar a lírica de Murilo Mendes, a partir de um estudo das fecundas relações que se podem estabelecer entre a obra poética e a produção esquizofrênica. Lidaremos com uma diversidade de teóricos, de variadas perspectivas, no que se refere aos mundos da estética e das psicoses, sobretudo Foucault, Deleuze e Guattari, no intuito de investigar conexões e cortes entre os corpos: Lírica e Esquizofrenia, conduzindo esses produtos para uma problematização da poética muriliana. Convergência, Poesia Liberdade e Poemas, os livros a serem analisados. Do universo moderno da loucura, três conceitos nortearão nosso estudo acerca da lírica de Murilo, e da lírica moderna, Alucinação Verbal, Autismo e Maquinação, o que não deixaria de envolver uma apreensão nervosa dos mecanismos poéticos, a relação erótico-sagrado, os jogos de linguagem, a retórica das imagens a mover-se contra a política da realidade consciente, contra o monólogo da razão e o estreitamento da vida. Percebemos que a tradição interpretativa da obra de Murilo evidenciou um problema de ordem e unidade. Muitos críticos buscaram propor uma apresentação ampla de sua poesia, reconhecendo ao mesmo tempo nesse processo a dificuldade de emitir-lhe um juízo final. Em outra direção, queremos produzir, partindo de noções psiquiátricas, psicanalíticas, históricas, esquizoanalíticas, estéticas, da cultura poética ocidental, diálogos intensos com partes da literatura de Murilo, discutindo os ardis da existência moderna, sobretudo, naquele ponto, talvez, mais intenso – a esquizofrenia. Já não lidamos, portanto, com um conceito médico, nem com identidades clínicas, nem com quentes diagnósticos, nem mesmo com uma sutil hospitalidade, mas com a produção de subjetividades. Queremos apreciar na verdade como o nosso poeta experimenta os modos de sentir o mundo.
PALAVRAS-CHAVE: Murilo Mendes. Esquizofrenia. Poesia. Gilles Deleuze. Félix Guattari.

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