LITERATURA MIGRANDE NA FRANÇA: A PREMIAÇÃO DE
CHANSON DOUCE, DE LEÏLA SLIMANI, E DE PETIT PAYS, DE GAËL FAYE, PELA
ACADEMIA GONCOURT.

Nome: JOÃO RICARDO DA SILVA MEIRELES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 29/10/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER Co-orientador
PAULA REGINA SIEGA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
PAULA REGINA SIEGA Orientador
RAFAELA SCARDINO LIMA PIZZOL Suplente Interno
VIVIANA MÓNICA VERMES Examinador Interno

Páginas

Resumo: Na presente tese analisa-se a constituição histórica da França e como seu povo se enxerga e enxerga os movimentos migratórios internos e externo, principalmente a visão francesa de migração advinda dos países subdesenvolvidos africanos e asiáticos, muitos deles excolônias de exploração do império francês. Essa análise parte do questionamento sobre o
que é ser francês e quais são os critérios históricos e políticos que garantem que algo ou alguém se torne francês. Analisa-se também a constituição e importância dos prêmios literários para a comunidade leitora francesa e francófona. Dos prêmios e Academias literárias, destaca-se a Academia Goncourt, instituição centenária responsável por movimentar anualmente centenas de livrarias, editoras, escritores, professores, jornalistas, políticos e leitores ao redor das premiações de outono. Em 2106, as premiações de maior
destaque alcançarem dois jovens escritores, Leïla Slimani e Gaël Faye. Slimani, escritora magrebina do Marrocos, recebeu o grande prêmio Goncourt por sua obra Chanson Douce(2016), que retrata a vida de pequena classe média francesa dos Massé, que contratam uma babá francesa tradicional que, após conquistar o carinho da família, assassina as duas crianças de quem cuida. Com narrativa em terceira pessoa, a obra perscruta o dia a dia da família e como o preconceito racial estrutural influenciou as decisões do casal Massé e como as demais babás do bairro, imigrantes em sua maioria, relacionavam-se. Faye, ganhador do prêmio Goncourt de estudantes do Ensino Médio francês, recebe o prêmio pelo seu primeiro livro Petit Pays (2016). Obra auto-ficcional, tem o olhar do narrador Gabriel, que narra com leveza e com a pureza do olhar da criança os acontecimentos que antecederam o massacre dos Tutsi em Ruanda. O massacre foi reconhecido como genocídio meses mais tarde de seu
início, em 1994. Para analisar a importância e o históricos dos prêmios, será utilizado o extenso trabalho de Sylvie Ducas (2010, 2013, 2019). Para a análise sobre a literatura migrante em seus vários contextos, serão utilizados os estudos da professora Oana Sabo (2018). Para apresentar uma visão panorâmica da história migratória na França e dos conceitos envolvendo migração em todas as suas facetas, serão utilizados os trabalhos de Elen Declerq (2011), Bruno Dumézil (2017) e Priscila Fergusson (1991). Outros teóricos e estudiosos também serão acrescentados ao trabalho.

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