O HOMEM DEFORMADO: UMA LEITURA DE ANGÚSTIA (1936), DE GRACILIANO RAMOS
Nome: JÉSSICA SOUZA HAASE
Data de publicação: 27/05/2024
Banca:
Nome | Papel |
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ROBSON LOUREIRO | Examinador Interno |
SUSANA SOUTO SILVA | Examinador Externo |
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO | Presidente |
Resumo: Há em Angústia (1936) uma evidente brutalização dos sentimentos humanos. A
história é contada por Luís da Silva em uma fala angustiante e imprecisa, que é
contaminada pelo fracasso, pela terrível obsessão e pela destruição que recai em si e
no outro. A deformação psíquica desse personagem, que possui uma frustração
agressiva e uma consciência corrosiva, o leva a um desequilíbrio mental que culmina
em delírio – o caráter imaginativo de seu relato –, em exaltação da violência (o desejo
do ato e admiração de situações violentas) e no assassinato de seu rival (a luta contra
o mundo). Aqui, nos propomos fazer uma aproximação entre aspectos que configuram
o personagem como homem deformado, pensando a deformação como um conjunto
de exploração social que danifica o homem, analisando como isso expressa as
projeções que faz de si, de Marina e de outros personagens, determinados pela
angústia de sua fala e pelo olhar ressentido e contraditório da narrativa.
Palavras-chave: Graciliano Ramos. Deformação. Angústia. Luís da Silva.