A MÁQUINA LITERÁRIA EM MOVIMENTO DE GUERRA: Uma leitura de seis contos de Rubem Fonseca.
Nome: JEFFERSON DIÓRIO DO ROZÁRIO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/09/2016
Orientador:
Nome | Papel |
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FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANDRESSA ZOI NATHANAILIDIS | Suplente Externo |
DAISE DE SOUZA PIMENTEL | Examinador Externo |
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER | Orientador |
JORGE LUIZ DO NASCIMENTO | Examinador Interno |
ORLANDO LOPES ALBERTINO | Suplente Interno |
Páginas
Resumo: A leitura da produção literária de Rubem Fonseca permite identificar em seu interior uma temática recorrente: a contraposição ao poder do Estado. Evidenciado esse quadro, partindo das narrativas dos contos Feliz ano novo, O Cobrador, Fevereiro ou março, A força humana, A matéria do sonho e O livro de panegíricos, não deixando de visitar outros trabalhos do escritor, discutem-se e examinam-se alguns dos afectos e perfectos dessas obras literárias, num possível diálogo com os conceitos de máquina de Guerra e nomadismo, dos filósofos Deleuze e Guattari. A formação social pressupõe o estabelecimento e manutenção de diversos sistemas, os quais são sustentados por discursos e maquinários variados. Dentre tais sistemas, alguns se colocam como preponderantes, mas não imperam sem outros que, mesmo estando à espreita, agem em contradição ao modelo que predomina. O Estado é um desses compostos preeminentes, na verdade, uma forma de poder central na sociedade, sustentado por discursos, posturas, ideologias, enfim, uma gama de elementos que, juntos, formam a máquina de Estado. Avessa a ela, há a máquina de guerra, uma espécie de movimento contrário à determinação do poder estatal. Essa máquina é de criação nômade e possui o nomadismo como seu fundamento. Nesse sentido, será analisada a representação literária fonsequiana de uma subjetividade que se define por um movimento contrário às determinações do discurso que se coloca como central e prevalecente na sociedade contemporânea.
Palavras-chave: Rubem Fonseca, literatura, subjetividade, máquina de guerra, nomadismo