Programação de Abertura do semestre 2023-2

A programação está agendada para a sala 103 do ed. Wallace Corradi, próximo da cantina do CCHN.

SEGUNDA-FEIRA, 14 de agosto de 2023

14h-15h30 (exclusivo para integrantes do PPGL)
Reunião de docentes, discentes (ingressantes e veteranos) e pós-doutorandos - Prof.ª Dr.ª Maria Amélia Dalvi e Prof.ª Dr.ª Arlene Batista (Coordenadora e Coordenadora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Letras/Ufes)

* Boas-vindas a todos e em particular aos ingressantes

* Novo regulamento geral da Pós-Graduação na Ufes
* Novo regimento interno do PPGL/Ufes
* Estrutura do PPGL/Ufes: coordenação, secretaria, comissões permanentes (Avaliação e Planejamento; Bolsas e Acompanhamento Discente, Comunicação e Eventos, Ensino, Internacionalização e Seleção Discente) e representação estudantil
* Apresentação das linhas e projetos de pesquisa
* Apresentação do corpo docente e informações sobre o que diferencia um professor permanente de um colaborador (colaborador não deve permanecer nessa condição para além de um quadriênio)
* Novas disciplinas (ementas e bibliografias)
* Diferenças curriculares/regimentais para ingressantes anteriores a 2023 e ingressantes em 2023 (créditos, prazos, qualificação, defesa etc.)
* Elementos da avaliação do Programa pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
* Obrigatoriedade da vinculação da dissertação/tese a um projeto de pesquisa em desenvolvimento coordenado pelo orientador
* Importância fundamental da publicação em coautoria entre orientadores e orientandos
* Esclarecimentos sobre composição das bancas e apresentação das dissertações e teses para defesa e pós-defesa (capa, elementos obrigatórios, número de páginas)
* Informações sintéticas sobre Fórum dos Coordenadores de PPG em Linguística e Literatura do Sudeste (realizado na UFRJ, nos dias 02 e 03 de agosto de 2023)
* Autoavaliação do Programa pelos discentes, docentes e egressos
* Veículos para publicação: como fugir de editoras e periódicos predatórios; como encontrar boas revistas científicas; como driblar a demora da avaliação e publicação dos periódicos
* Apoio financeiro para tradução e publicação de artigos e para participação em eventos
* Dúvidas, perguntas, sugestões
 
15h30-16h (exclusivo para integrantes do PPGL)
Mudanças nas normas de concessão e manutenção de bolsas - Prof.ª Dr.ª Maria Mirtis Caser (Presidenta da Comissão de Bolsas)
* Novas normas de concessão e manutenção de bolsas do PPGL/Ufes
* Relatório e prestação de contas
* Obrigatoriedade de citar a agência de fomento na dissertação/tese, nas comunicações científicas e nos trabalhos publicados gerados a partir da pesquisa financiada com bolsa vinculada ao PPGL/Ufes
* Mudanças nos Procedimentos de Estágio em Docência
 
16h-17h (aberto ao público)
Mesa-redonda sobre Escrita Criativa - Prof.ª Dr.ª Camila Dalvi (Poeta e contista, pós-doutoranda pelo PPGL/Ufes, sob supervisão da Prof.ª Dr.ª Fabíola Padilha) e Prof. Me. Wagner Gomes (poeta, contista e romancista egresso do curso de mestrado do PPGL/Ufes, sob orientação do prof. Dr. Luís Eustáquio Soares)

TERÇA-FEIRA, 15 de agosto de 2023 (aberto ao público)
14h-17h

Aula Inaugural do Semestre - `Prof.ª Dr.ª Suzane Lima Costa (UFBA)
Título: Modos de ler as literaturas indígenas no Brasil
Resumo: Apresentarei os principais estudos críticos que discutem as literaturas produzidas por/sobre indígenas no Brasil,  para analisar o que entendem por literatura indígena, como leem o fenômeno da autoria coletiva/individual dos escritores indígenas e se há leituras que caracterizam essas literaturas para além da busca pela legitimidade da autêntica voz do índio no Brasil.
Depoimentos e debates: Professora indígena Tupinikim Dilzeni Cruz Vicente Vieira e Professor indígena Guarani Mauro Luiz Carvalho
Mediação: Prof.ª Dr.ª Ozirlei Teresa Marcilino

QUARTA-FEIRA, 16 de agosto de 2023 (aberto ao público)
14h-15h30

Palestra - Prof.ª Dr.ª Maria Clara Gonçalves (Fapes - pós-doutoranda PPGL/Ufes, supervisionada pelo Prof. Dr. Wilberth Salgueiro)
Título: A cena teatral brasileira dos anos 1960 e 70 sob o prisma do trauma, testemunho e humor
Resumo:  A pesquisa proposta procura analisar textos teatrais brasileiros, produzidos entre as décadas de 1960 e 70, a partir de conceitos ligados à testemunho, trauma e humor. A escolha do gênero dramático recai sobre o fato de possuir pouca visibilidade nos estudos literários. Já o recorte temporal proposto abarca produções dramáticas produzidas em um período de intensa agitação cultural, a saber, a consolidação de um teatro moderno brasileiro e um grande fluxo de companhias teatrais profissionais. Além disso, o momento histórico-político apresenta uma oscilação da democracia que culminaria no Golpe de 1964, causando inúmeros desdobramentos ao teatro produzido no país. Os palcos brasileiros presenciaram à época uma avalanche de textos cujas temáticas giravam em torno do cerceamento da liberdade política (após o Golpe), das mudanças culturais que traziam tensões individuais e dos reflexos de um sistema econômico que oprime as classes menos abastadas. Tais temas necessitavam de uma nova concepção de encenação, cuja forma pudesse estabelecer em cena os questionamentos/tensões que emergiram dos textos dramáticos. Um Estado autoritário provoca uma experiência social violenta, que desestabiliza os sujeitos; assim, a literatura, em seus vários gêneros, procura lidar com o impacto traumático das experiências, desafiando a própria linguagem (e, no caso do teatro, também a linguagem cênica) de maneira a conseguir traduzir as sensações e memórias que provêm de situações catastróficas. Os textos dramáticos escolhidos tematizam e/ou discutem as inúmeras catástrofes cotidianas, que atingem as pessoas de maneira incessante na vida diária, como miséria, fome, assaltos, estupros, sequestros, assassinatos, problemas no trânsito, coisificação do pensamento, preconceitos, repressão sexual, e muitas outras violências e barbáries com que os homens, em comportamento regressivo, afetam a si mesmos. As peças escolhidas são: As 14 estações ou O Último Carro (1964/65), de João das Neves; Liberdade, Liberdade (1964), de Millôr Fernandes e Flávio Rangel; O Fardão (1966), de Bráulio Pedroso; O Túnel (1968), de Dias Gomes; Corpo a Corpo (1970), de Vianinha; Um edifício chamado 200 (1971), de Paulo Pontes; Roda Cor de Roda (1975), de Leilah Assumpção; A Implosão (1976), de Consuelo de Castro e Murro em ponta de faca (1978), de Augusto Boal. Dessa forma, a presente pesquisa visa contribuir aos estudos sobre testemunho na dramaturgia, analisando produções dramáticas que documentam uma época crucial da história e cultura brasileira.
Debate
15h30-17h
Palestra - Prof.ª Dr.ª Sileyr Ribeiro (SEDU-ES, indicada pelo PPGL/Ufes ao Prêmio Capes de Teses, orientada pela Prof.ª Dr.ª Fabíola Padilha)
Tese: Memória e Barbárie em Michel Laub: uma leitura da obra Diário da Queda
Resumo: Em nossa apresentação, revisitaremos a tese de doutorado resultante do projeto de pesquisa intitulado “Memória e barbárie em Michel Laub: uma leitura da obra Diário da queda" (Ufes/Fapes, 2022). Desenvolvida entre os anos de 2018 e 2022, a pesquisa investiga de que forma o livro Diário da queda, escrito por Michel Laub, tece conexões entre a memória de um trauma histórico coletivo – o Holocausto – e a construção identitária do sujeito ficcional. Publicada em 2011, a narrativa está inserida entre as produções mais recentes de autores brasileiros de origem judaica que tematizam a Shoah – Catástrofe, em hebraico. Narrado em primeira pessoa, o romance laubiano apresenta um conflito entre três gerações marcadas pelo trauma: do avô, sobrevivente de Auschwitz; do pai do narrador, que lida, aos catorze anos, com o suicídio paterno; e do narrador-personagem, que apresenta problemas na vida adulta – alcoolismo e agressividade – relacionados ao trauma intergeracional e à queda do colega João, aos treze anos. Discutimos como o escritor gaúcho lança mão de uma forma literária compatível com a temática impactante do genocídio hitlerista, na direção apontada por Theodor W. Adorno (2003), de uma isomorfia entre conteúdo e forma.
Debate
 
QUINTA-FEIRA, 17 de agosto de 2023
14-17h
Momento para os ingressantes se reunirem com seus orientadores e/ou grupos de pesquisa (agendar reservadamente, por meio de contato direto com o orientador)
 
SEXTA-FEIRA, 18 de agosto de 2023 (aberto ao público)
14h-15h30
Palestra - Prof. Dr. Fernando de Oliveira Magre (FAMES, Fapes e pós-doutorando pelo PPGL/Ufes, sob supervisão da Prof.ª Dr.ª Mónica Vermes)
Título: O universo musical de Damiano Cozzella: em busca de sua linguagem composicional
Resumo: Nesta palestra apresentaremos os resultados da primeira etapa da pesquisa de pós-doutorado “O universo musical de Damiano Cozzella: em busca de sua linguagem composicional”, realizada no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFES sob supervisão da Profa. Dra. Viviana Monica Vermes, com financiamento proveniente do Edital FAPES/CNPq nº 25/2022 (Processo nº 150319/2023-1). A pesquisa tem como objetivo geral a identificação das características mais marcantes da linguagem composicional de Damiano Cozzella. Para tal, utilizamos como fonte primária o acervo de partituras doado pela família do compositor em 2019 para a Coordenação de Documentação de Música Contemporânea (CDMC/CIDDIC) da Unicamp, processo no qual fomos responsáveis pela intermediação. A etapa aqui apresentada refere-se à localização de informações sobre a atuação artística e pedagógica de Cozzella, por meio de pesquisa em hemerotecas e fontes diversas. Tal ação tem o intuito de construção de um perfil biográfico preliminar, uma vez que, até o presente momento, são poucas as informações sobre o compositor. Por fim, apresentaremos uma visão panorâmica sobre o repertório que será analisado ao longo da pesquisa.
Debate
 

15h30-17h

Palestra - Prof.ª Dr.ª Kátia Regina Giesen (egressa do PPGL/Ufes, suplente indicada pelo PPGL/Ufes ao Prêmio Capes de Teses, orientada pela Prof.ª Dr.ª Leni Ribeiro Leite)
Título: Teoria e Prática do Elogio das Obras de Plínio, o Jovem
Resumo: Apresenta e discute, a partir da análise de exemplares selecionados do conjunto das Cartas de Plínio, o Jovem, e do texto do Panegírico ao imperador Trajano, as concepções do autor acerca da constituição, estilo e função dos encômios, pertencentes ao gênero epidítico da Retórica. Embora haja provas da ascensão da eloquência elogiosa durante os séculos I e II d.C.,
processo para o qual Plínio contribuiu bastante ao assumir esse tipo de discurso como forma legítima de expressão e ao utilizá-lo frequentemente em seus escritos, não há, nesse mesmo contexto, fontes que discutam o assunto em nível tratadístico-retórico. Portanto, examinando os textos do autor pelo confronto com teorias e práticas do encômio antigas e a partir de conceitos da Análise do Discurso propostos por Dominique Maingueneau, este trabalho propõe uma espécie de teoria do epidítico laudatório não necessariamente escrita, mas inscrita na obra pliniana. Como resultado, o estudo identifica que, quanto às estruturas e temas, a prática encomiástica proposta por Plínio mantém certo padrão tradicional do terceiro gênero da oratória, com adaptações específicas às circunstâncias de produção e publicação de cada texto. Todavia, as Cartas e o Panegírico empregam de maneira constante um vocabulário encomiástico, ainda que não necessariamente técnico da preceituação retórica, que aponta, por meio da abertura de fissuras meta- e interdiscursivas, para um debate em curso naquele momento sobre a aplicabilidade desses louvores, suas funções, finalidades e condições de recepção pela audiência. O estudo conclui que, no epistolário, além da variedade e abundância de encômios - advindos de práticas oratórias, epistolares e poéticas -, que são ressignificados pelos contornos de produção e circulação das cartas, Plínio evidencia um debate em torno da legitimação por meio das relações político-sociais e literárias. Ao mesmo tempo que elogia uma diversidade de personagens, o missivista busca construir, por meio dessas trocas epidíticas, uma autoridade discursiva necessária para essa mesma prática laudatória e para os vínculos coletivos das quais ela participa. A gratiarum actio, por sua vez, é parte de um trabalho criador pliniano que a ressignifica. Para além de um discurso de demanda pública e institucional cumprida no senado, pelo cônsul, ela se configura como uma espécie de tratado sobre os valores ideais de um bom governante imperial romano ao mesmo tempo em que é um exemplo prático do tipo de oratória que pode ser usada para dirigir-se a esse mesmo modelo autocrático. Desse modo, Plínio responde, com um elogio abundante e repleto de ampliações, pleiteado como sincero e construído sobre uma série de comparações, não apenas à obrigação imposta pelo consulado, mas ao período de transição de dinastias e à necessidade de legitimação de um novo governo.
Debate
Transparência Pública
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