As marcas da ancestralidade em obras de autores africanos (de língua portuguesa) e brasileiros que valorizam a cultura afro-brasileira e indígena

Resumo: O presente projeto tem por objetivo ler criticamente as marcas da ancestralidade em narrativas de autores brasileiros e africanos de língua portuguesa, procurando depreender em que medida os escritores sinalizam a presença de elementos estruturais referentes à construção dos ancestrais no espaço ficcional. O suporte teórico para fundamentar essa pesquisa será buscado nos estudos sobre a memória, sobre oralidade, na Teoria da Literatura (em particular, nos Estudos Narrativos), na Sociologia, na História, na Antropologia e na Filosofia. Nessa primeira fase da pesquisa escolhemos as seguintes obras: Terra sonâmbula (1993), A varanda de frangipani (2007), Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2003), de Mia Couto; Momento de ilusão (2000), de Fragata de Morais; Mãe, materno mar (2001) e A morte do velho Kipacaça (2004), ambos de Boaventura Cardoso; Contos de morte (2008), de Pepetela; O último feiticeiro (2003), de Izaquiel Cori; O alegre canto da perdiz (2010), As andorinhas (2013) e o Sétimo juramento (1999), ambos de Paulina Chiziane e o conto “A saúde do morto”(2010), de Luis Fernando. Na segunda fase analisaremos autores do Brasil, Guiné Bissau. Destacamos as seguintes obras: A panela de Breu (1992) e O jardim das delícias (1983), ambos de Bernadette Lyra; Desde que o samba é samba (2012), de Paulo Lins; Sapatos (2014), de Cristino Wapichana; Primeiras histórias (2001), de Guimarães Rosa; A última tragédia (2006), de Abdulai Sila. Nesse estudo, buscaremos depreender as marcas da ancestralidade em um discurso literário performático que valoriza uma linguagem de cunho oral.
Palavras-chave: África, Brasil, ancestralidade, divindade, oralidade, memória, mito e ficção.

Data de início: 03/03/2017
Prazo (meses): 24