A representação do espaço na "Odisseia":definindo isotopias, heterotopias e utopias na Grécia antiga (séc. X-VIII a.c.)

Nome: ANA PENHA GABRECHT
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 18/08/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GILVAN VENTURA DA SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE CARNEIRO CERQUEIRA LIMA Examinador Externo
BRENO BATTISTIN SEBASTIANI Examinador Externo
FABIO DE SOUZA LESSA Examinador Externo
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER Examinador Interno
GILVAN VENTURA DA SILVA Orientador

Páginas

Resumo: A Idade do Ferro antiga (XII-VIII a.C.), na Grécia continental, configurou-se como um momento em que as comunidades estão saindo de um processo de isolamento. Após a destruição dos palácios micênicos uma série de eventos simultâneos ocorridos na virada do século XIII para o XII a.C., o mundo grego mergulha num período de
aproximadamente quatro séculos entre o XII e o VIII a.C. , em que ocorre uma acentuada redução da produção material e do crescimento demográfico. Nesse momento, há também o desaparecimento dos registros escritos, o que dificulta em muito a compreensão sobre o que se passou no decurso desses séculos. Junto com a análise de
elementos da Cultura Material, o pesquisador interessado nesse período da História da Grécia pode lançar mão também das duas epopeias tradicionalmente atribuídas a Homero: a Ilíada e a Odisseia. Transmitidas oralmente por uma longa cadeia de aedos e fixadas por escrito por volta dos séculos VII e VI a.C. elas transmitem importantes
informações sobre as sociedades que viveram na Grécia de várias temporalidades. Estamos cientes de que as obras atribuídas a Homero são textos poéticos, todavia, acreditamos que a Literatura pode ser um importante instrumento para o historiador, uma vez que consideramos que os gêneros literários estão intimamente relacionados às
condições históricas que as produziram. Sendo assim, para esta pesquisa, optamos por utilizar a Odisseia como fonte de análise por consideramos que seja posterior à Ilíada e, portanto, mais representativa dos acontecimentos da fase final da Idade do Ferro
antiga. Nos referimos, em especial, aos processos de formação de novos assentamentos gregos fora da Grécia Continental, sobretudo na Península Itálica, que representaram, a nosso ver, uma reconfiguração nas formas de entender os espaços. Acreditamos que, a partir da análise de trechos da Odisseia, é possível entender os processos de formação de identidades e alteridades no mundo grego, em especial no século VIII a.C., período em que nos concentramos em nosso estudo, pois representaria um momento de grandes transformações para os gregos. Nesta pesquisa, buscamos associar os espaços descritos
por Homero aos conceitos de isotopia, utopia e heterotopia provenientes do quadro teórico desenvolvido por Henri Lefebre para assim captar como se define a identidade grega.

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