Vida, Paixão e Obra: Sentidos em Paulo Leminski

Nome: LUCAS DOS PASSOS E SILVA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 22/09/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RAIMUNDO NONATO BARBOSA DE CARVALHO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER Examinador Interno
JOSÉ AMÉRICO DE MIRANDA BARROS Examinador Externo
KARINA BERSAN ROCHA Suplente Externo
LINO MACHADO Examinador Interno
MARCELO PAIVA DE SOUZA Examinador Externo

Páginas

Resumo: A análise de Paulo Leminski aqui proposta – que se dedica a perscrutar, na materialidade dos textos desse poeta, os caminhos entre vida, obra e história – demanda alguns passos metodológicos. Na primeira parte desta tese, é colocada sob perspectiva a constituição do personagem-escritor Paulo Leminski – em vida e em morte –, com apoio das palavras do próprio autor, de textos da mídia impressa (especificamente matérias e artigos da Veja e da Folha de São Paulo, nos anos 1980) e da crítica menos ou mais especializada; na segunda, o foco recai sobre as inquietações de ordem estética e política que o poeta concentrou na novela “Minha classe gosta / Logo, é uma bosta.” e, em seguida, sobre os ensaios biográficos (em especial o texto sobre Trótski), que ampliam as preocupações históricas e literárias da obra leminskiana; por fim, na terceira parte, observam-se tanto a maquinaria poética de Leminski (em seus meandros rítmicos e ponderações sobre o vinco que há entre vida e poema) quanto os trânsitos entre a história pessoal e a história coletiva realizados na composição formal de “Verdura”, pedra fundamental da aproximação do poeta à canção popular. Para este percurso, além da fortuna crítica leminskiana, servem de apoio [a] os trabalhos de Paula Sibilia (O show do eu: a intimidade como espetáculo) e A. Alvarez (A voz do escritor) sobre o culto à personalidade artística; [b] textos de Walter Benjamin (em especial “As afinidades eletivas de Goethe” e “Sobre dois poemas de Friedrich Hölderlin”) sobre as relações entre literatura e vida; [c] estudos de Theodor Adorno (sobretudo em Teoria estética e Notas de literatura) acerca das relações entre forma literária e matéria histórica; [d] ensaios de Giorgio Agamben (“O fim do poema” e Ideia da prosa) e de Alfredo Bosi (em O ser e o tempo da poesia) sobre as relações entre poesia, enjambement e silêncio, bem como Introdução ao Zen-budismo, de Daisetz Suzuki, que também lança luz sobre a questão do silêncio, tal como é apreendida por Leminski; e [e] textos de Luiz Tatit (“Elementos para a análise da canção”) e Cláudia Neiva de Mattos (“Poesia e Música: laços de parentesco e parceria”) sobre análise do gênero canção.

Palavras-chave: Paulo Leminski. Vida e obra. Forma e história. Poesia e silêncio. Canção.

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